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Pietralacroce é um antigo burgo que hoje se tornou um bairro da cidade de Ancona. Fica sobre a falésia e possui um cemitério com vista para o mar. No bairro é possível visitar o Forte Altavilla, um forte construído no século XIX, que protegeu a cidade durante o ataque austríaco. Atualmente é utilizado como parque para os moradores.

Essa trilha parte do bairro Petralacroce e é uma trilha fácil. Basta chegar no restaurante do Baffo na rua Monte Venâncio, e logo depois você irá encontrar a indicação da trilha, com esse mapa da segunda foto.

Parte do percurso é na sombra das árvores, até chegada no penhasco que dá acesso a praia. Após a parte arborizada, se desce diretamente na rocha calcária. A parte final é uma rampa natural na rocha. Desse ponto o visual é incrível que conseguimos visualizar até a praia do Passetto. Se aconselha o uso de sapatos fechados com um solado aderente. O tempo de percorrenza é de 30 minutos.

O nome dessa praia provavelmente deriva de uma escada montada em fios metálicos que existia antigamente. A praia é de aguas azuis e transparentes! Possui escavações na rocha com portões coloridos, que são as grutas onde algumas familias passam os dias de verão, essas grutas são uma das características das praias rochosas de Ancona.

Essa trilha esconde um segredo arqueológico, de alguns pontos é possível ver uma descoberta arqueológica do ano 2001, uma pescaria romana! Fica pouco abaixo da superficie do mar, mas bem visível do alto. Nos dias de mar calmo e transparente, se vê uma estrutura treliçada submersa na parte de mar baixo.

É uma pesqueira romana do tipo escavada diretamente na rocha, mede 32 metros de largura e 13 metros de comprimento composta de 5 piscinas separadas dotadas de canais de comunicação interna. De um dos canais chegava agua doce de uma fonte, criando uma mistura adequada para conservação dos peixes. Essa técnica permitia controlar o grau de salinidade, adequando aos vários tipos de peixes e permitia a captura de peixes que buscavam águas mais frescas e menos salgadas.

Foto de Francesco Burattini

Além de garantir uma água não estagnada, a pescaria recriava um ambiente marinho graças a presença de rochas cobertas de algas. Recriava um ambiente ideal mais reparado das ondas e do sol (devido a sombra da falésia). Servia para manter diversos tipos de peixes em diversos estágios de desenvolvimento, favorecendo o depósito de ovos. Geralmente essas piscinas estavam ligadas a casas de ricos romanos, mas poderia ser também de uso público, como um viveiro de criação ou depósito de peixes, mantendo o pescado fresco antes da sua venda nos mercados.

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