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A trilha do Teto do Mundo fica dentro do Parque San Bartolo que fica na cidade de Pesaro. O Parque se caracteriza principalmente pela sua falésia, em grande parte coberta pela vegetação, rara no litoral do mar Adriatico. O restante do território é formado por uma paisagem rural, que até os anos 50 era bastante cultivado. Fica entre as cidades de Pesaro e Gabicce com uma superfície de 1586 hectares.

A flora do parque é muito rica, com uma planta rara chamada Lino Marítimo (Linum Maritimum) além de Juncos, a Daucus, Rubia, Madresilva e vários tipos de pinheiros.

No parque estão presentes mamíferos de porte médio como a raposa, o porco espinho, o texugo, a doninha, a lebre, o veado e o arganaz, além de vários répteis e anfíbios. Por ser uma área protegida, serve de abrigo para várias aves migratórias. 

Existem várias trilhas que levam até essa localidade, eu fiz a trilha 151, eu cheguei até ali pela Estrada Panorâmica 16. Se trata de uma caminhada tranquila até um planalto a 196 metros de altitude chamado  Montagnola, mas conhecido como o Teto do Mundo por ter uma vista panorâmica maravilhosa. 

No mês de maio a paisagem fica ainda mais bonita com a floração da Flor de Vassoura, colorindo os arbustos com pequenas flores amarelas que possuem um perfume doce e delicado, elas aparecem na zona mais seca e estável no período de junho a agosto.

Santuário Santíssimo Crucifixo

Seguindo a trilha 151, chegamos ao Santuário do Santissimo Crucifixo de Casteldimezzo. Reza a lenda que no século XVI houve uma grande tempestade e quando o mar acalmou apareceu na praia uma caixa enorme misteriosamente intacta!  Alguns pescadores de Casteldimezzo e de Gabicce  abriram e encontram um crucifixo de madeira. 

Os pescadores de Gabicce fizeram de tudo para tirar a caixa da praia, mas não conseguiram. Sendo assim, os pescadores de Casteldimezzo tentaram colocar a caixa em um carroça. Com ajuda de bois, levaram a caixa para a cidade de Casteldimezzo.  Desse modo o crucifixo foi levado para a igreja e colocado no altar principal.  No dia seguinte encontraram o crucifixo na outra parede, que ficava em direção ao mar.  Deixaram ali, respeitando o desejo do crucifixo de proteger os pescadores. 

O crucifixo foi esculpido por Antonio di Buonvicino e pintado por Iacobello del Fiore. 

Dentro da igreja se incontra uma placa que recorda outro milagre do crucifixo:  no ano de 1517 a cidade foi ameaçada de invasão por 7 mil homens, que pertenciam as tropas de Lorenzo dei Medici,  mas o temido ataque não ocorreu!  O crucifixo protegeu a cidade. 

Acredite ou não nas lendas, a igreja é bem bonita, de origem muito antiga e de estrutura românica.  Possui além da cruz, um sarcófago com as relíquias da mártir Santa Vitória.  O local é meta de peregrinos e assim em 1782 o Papa Pio VI concedeu a Indulgência Plenária a quem visitasse a igreja, ou seja basta entrar nela para ser purificado de todos os pecados.  Na segunda após a Páscoa é feita a tradicional Festa do Crucifixo.

Baía de Vallugola

No fim da trilha chegamos na Baía de Vallugola, que fica na cidade de Gabicce Mare, última praia no território marchigiano. Fica dentro do Parque Natural Monte São Bartolo com praia de pequenas pedras, embaixo da falésia e com um pequeno porto turístico.

O nome original era “Valle Lunula” ou seja vale obscura, provavelmente pela vegetação fechada que a circundava. Outra teoria é que seria uma derivação de “Valle dell’ugola”, com referência ao eco produzido no local.

Essa praia também tem uma lenda fantástica! Se conta que entorno a Baia de Vallugola existia uma cidade que desapareceu no mar, como uma Atlântida do mar Adriático! E realmente foram encontrados achados arqueológicos na área. De vez enquanto mergulhadores e pescadores encontram colunas, decorações, muros, pedras e tijolos que nutrem a lenda da cidade perdida.

Visite também: Pesaro e Fiorenzuola di Focara .

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